Os óleos de peixe têm mostrado ter efeitos benéficos em algumas doenças crónicas degenerativas como as doenças cardiovasculares, a artrite reumatóide, a diabetes, as doenças autoimunes e o cancro. Esses benefícios parecem ser devidos ao elevado teor em ácidos gordos polinsaturados ómega 3, como o ácido docosahexanóico (DHA) e o ácido eicosapentanóico (EPA).
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O DHA e o EPA, uma vez ingeridos e absorvidos, são incorporados nas membranas celulares, sob a forma livre ou integrados noutras estruturas. No entanto, ambas as formas, contribuem de modo substancial, para as propriedades físicas dessas membranas, ou seja, para a organização das mesmas, para a permeabilidade, para a elasticidade e para a formação de alguns compostos. Assim, tanto o DHA como o EPA são reconhecidos como nutrientes importantes na regulação do metabolismo.
Alguns investigadores já reconheceram a capacidade do DHA em influenciar alguns mecanismos ligados à proliferação do cancro, na “morte” das células cancerígenas e na diferenciação das mesmas. O DHA terá, também, a capacidade de inibir a angiogénese (processo de formação e crescimento de novos vasos sanguíneos a partir de vasos pré-existentes e que é necessário à progressão do tumor), a invasão por células tumorais e na formação de metástases.
Segundo um trabalho de revisão publicado em maio deste ano, o DHA parece ter a capacidade de inibir a formação de metástases em animais, bem como a invasão e a migração em células cancerígenas em ambiente laboratorial. Parece, ainda, que a combinação entre DHA e os fármacos usados no tratamento ao cancro pode aumentar a eficácia tóxica do(s) fármaco(s) sobre a célula cancerígena, impedindo a resistência a esses fármacos, reduzindo as defesas das células tumorais, fragilizando-as, e aumentar a captação do fármaco.
Apesar destes resultados encorajadores, ainda é necessário verificar se a suplementação com DHA pode melhorar a eficácia anti-metastática da quimioterapia e da radioterapia no tratamento do cancro em humanos.
Tendo em conta a complexidade que envolve o desenvolvimento de doença oncológica e a sobrevivência ao cancro, grande parte dos oncologistas considera que nenhuma terapêutica é suficiente, só por si, para tratar o cancro. Os dados apresentados sugerem que o DHA exerce uma atividade anticancerígena, mostrando ser um potencial adjuvante na quimioterapia, contribuindo, ainda, para evitar algumas das complicações secundárias associadas ao cancro, como a caquexia. Assim, o DHA, pela sua capacidade de aumentar a captação de fármacos, especialmente em células outrora resistentes a essas drogas, de aumentar a eficácia em criar um ambiente mais desfavorável (oxidante) às células cancerígenas e em favorecer a morte celular com algumas quimioterapias, é um possível adjuvante no tratamento do doente oncológico. Esperemos por mais estudos!
Referencias: Colomer R, Moreno-Nogueira J, García-Luna P et al.. N-3 fatty acids, cancer and cachexia: a systematic review of the literature. British Journal of Nutrition. 2007: 97(5): 823–831.; Merendino N, Costantini L, Manzi L, Molinari R, D’Eliseo D, Velotti F. Dietary w-3 Polyunsaturated Fatty Acid DHA: A Potential Adjuvant in the Treatment of Cancer. BioMed Research International. 2013; 2013:310186.; Siddiqui R, Harvey K, Xu Z, Bammerlin E, Walker C, Altenburg J. Docosahexaenoic acid: a natural powerful adjuvant that improves efficacy for anticancer treatmentwith no adverse effects. Biofactors. 2011; 37(6): 399–412.