Quantas vezes acordou sem se lembrar do que estava a sonhar? Não se preocupe, acontece a toda a gente. Tal não significa que o cérebro não tenha estado em actividade. Dormir é sinónimo de sonhar e isso acontece sempre, independentemente de nos lembrarmos. Especialistas defendem que é durante a noite que o nosso cérebro processa e arruma a informação produzida durante o dia. O sono continua a ser uma das áreas mais desconhecidas da ciência, com mais perguntas do que respostas. Talvez por isso existam tantos mitos à volta dos sonhos. Veja estes nove.
Sonhamos a noite inteira?
REM significa Rapid Eye Movement e é o nome que se dá ao processo durante o qual ocorrem os sonhos mais vívidos. É também durante este período que a actividade cerebral mais se assemelha ao desempenho diurno. À medida que a noite avança, os períodos de REM tornam-se mais longos. Por isso é que a maioria dos sonhos ocorrem durante o último terço da noite.
Os animais têm sonhos?
A actividade cerebral acontece também fora do REM, o que permite chegar a algumas conclusões sobre como se dá este processo nos animais. De acordo com investigadores da Universidade da Califórnia, os mamíferos e algumas aves são capazes de ter uma experiência semelhante aos humanos. Ou seja, também podem sonhar.
O despertador faz esquecer os sonhos
Quando chega a hora de acordar, o despertador pode facilmente tornar-se o pior inimigo do sonho. Investigadores defendem que a forma ideal de recordar um sonho é acordar devagar.
As pessoas que recordam os sonhos têm uma actividade cerebral diferente
Segundo um estudo feito nos EUA, a zona temporoparietal é cerebralmente mais activa em quem se recorda melhor dos sonhos, comparando com quem guarda menos memórias do sono.
O corpo reage aos sonhos como se estivesse acordado
Quando sonhamos, a pressão arterial e a frequência cardíaca pode ser igual ou muito aproximada dos valores registados quando estamos acordados, e sujeitos a situações de stress, por exemplo. O que torna ainda mais reais os nossos sonhos.
Quanto tempo dura o sonho?
Varia em função do organismo e da actividade cerebral de cada pessoa. Em média, os sonhos podem durar entre 20 e 60 minutos, consoante o tempo de duração REM. À medida que a noite avança, este processo vai-se tornando mais longo.
Os pesadelos podem tornar-se reais
Um pesadelo pode ser uma experiência traumatizante. Segundo um estudo de 2014, em que foram analisados os sonos de 331 pessoas, concluiu-se que os pesadelos despertaram sentimentos de falhanço, preocupação, confusão, tristeza e culpa. O estudo revela ainda que os homens são mais propensos a sonhos violentos enquanto as mulheres sonham com conflitos nas relação amorosas.
Nos sonhos tudo é normal
Enquanto sonhamos, podemos ser quem quisermos, um animal, um objecto, qualquer coisa. Nada nos parece estranho. Quando acordamos, aí sim, percebemos como podem ser bizarros os nossos pensamentos. Mas não vale a pena procurar explicações racionais para o que não se explica, nem comparar o que somos durante o dia com o que somos nos sonhos.
Podemos morrer nos sonhos?
De certeza que já passou por isto: sonhar que morreu. E foi tão real que acordou com um misto de angústia e alívio, por saber que afinal tudo não passou de um maus sonho. Há quem acredite que um sonho de morte é um mau prenúncio para a vida real, mas os investigadores recusam esta teoria. Pode-se morrer num sonho, mas viver para contar a história.