A importância da Alimentação:

A Alimentação é uma das principais necessidades do ser humano.
Desde os tempos mais remotos que comer e beber são actos que fazem parte da vida, por vezes até um acto sagrado que nos liga à natureza da qual captamos força e energia.

Já no século IV A.C. Hipócrates ensinava aos seus alunos «Que o teu alimento seja o teu medicamento». Frase repetida milhares de vezes por todos os que pretendem atingir a saúde através de uma alimentação equilibrada. Para Hipócrates era já evidente a relação entre o alimento quotidiano e o estado de saúde.

Nos dias de hoje abundam alimentos nos mercados e supermercados, os restaurantes estão cheios, as pessoas parecem pecar mais por excesso de alimentação do que por falta dela.
E no entanto a saúde não pára de se degradar! Embora a esperança de vida aumente, as doenças não deixam de crescer alarmantemente vitimando e tocando todas as classes sociais, homens e mulheres, jovens e velhos, habitantes da cidade e do campo, adultos e crianças.

Qual será o denominador comum deste aumento vertiginoso das chamadas doenças da civilização?
A mudança dos hábitos alimentares? A poluição? A agricultura intensiva e industrializada? O consumo exagerado de alimentos refinados? O deficiente consumo de frutas e vegetais? O abuso dos amidos e açúcares refinados?

Sim tudo isto contribui certamente, mas o fenómeno mais inquietante foi sem dúvida a introdução de novas tecnologias em toda a cadeia alimentar. De há 150 anos até agora operou-se em a cadeia alimentar uma transformação completa, uma industrialização ao serviço do consumo e do lucro mas cada vez mais afastada das necessidades biológicas.
Agricultura de massa e intensiva utilizando e abusando de pesticidas e adubos químicos, refinação e branqueamento de farinhas e alimentos, irradiação, hidrogenização, calibragem, vaporização, armazenamentos industriais, colheitas precoces, transformação, etc., são as manipulações mais correntes que sofrem os alimentos antes de chegarem á nossa mesa.

Na verdade temos abundância, em alguns países até excessos, mas a que preço?

Farinhas refinadas, pão branco e congelado, açúcar branco, gorduras animais em excesso, conservantes, corantes, etc., etc.

É um ciclo que parece não ter fim enquanto a rentabilização for o objectivo principal deste sistema. Será cada um de nós, cada família, cada ser que deve preocupar-se e aprender a escolher o alimento que mais lhe convém do ponto de vista nutricional.

As exigências da rentabilização fizeram esquecer a principal função do alimento: fornecer ao organismo a ração nutricional necessária ao seu equilíbrio e saúde.

E a ciência moderna mostra-nos e confirma-nos que a alimentação deve satisfazer racionalmente e constantemente todas as necessidades do nosso corpo que está em constante mudança e regeneração. A alimentação deve assegurar o calor e energia necessárias para alimentar o cérebro e constituir as reservas indispensáveis.

A nossa alimentação deve ainda conter os minerais e as vitaminas necessárias ao esqueleto e ás funções vitais do organismo. Ela deve fornecer os elementos necessários ao desenvolvimento equilibrado do corpo humano, reparar os danos dos tecidos e lutar contra as agressões internas e externas.

A alimentação é o meio mais racional que o homem possui para manter ou alcançar a saúde.
E não basta apenas equacionar calorias, gorduras e hidratos de carbono é necessário consumir alimentos sãos e «vivos» capazes de nos fornecerem a energia vital necessária ao nosso dia a dia.

A alimentação é o sustentáculo da nossa saúde e equilíbrio.

E será a alimentação moderna capaz de responder a todas estas exigências?