Veja a notícia no blogspot interno Natiris "Prevenção, dieta, tratamento… Combater o cancro"

Os avanços da medicina na deteção e tratamento do cancro, conjuntamente com uma boa prevenção preveem um futuro mais esperançoso.


Apesar de se desconhecerem as causas diretas que desencadeiam o cancro, existem toda uma série de recomendações que podem contribuir parta evitar o seu aparecimento. Segundo o Prof. J. Estapé da FEFOC, a mais importante é não fumar, já que o tabaco é o causador de 30% de mortes por cancro. Para além disso, hoje em dia assistimos a um aumento progressivo deste hábito, entre adolescentes de ambos os sexos e mulheres jovens, o que dispara os números dos casos de cancro. Outro fator é o abuso do álcool, especialmente importante entre os jovens, devido a que aumenta o risco de cancro na cavidade oral, laringe e tubo digestivo, sobretudo entre os fumadores que são ao mesmo tempo consumidores de álcool.


Diagnosticá-lo a tempo


- O diagnóstico precoce é extremamente eficaz


- No cancro de mama (tumores de menos de 2cm e sem gânglios afetados) o diagnóstico precoce cura 90% dos casos. Por isso é importante o check-up ginecológico anual e a mamografia anual se se tem mais de 50 anos.


O cancro também se relaciona com fatores genéticos. Por exemplo, os cancros hereditários representam entre 5 e 7% dos cancros de mama. Considera-se portanto um fator de risco a presença frequente de cancro nos familiares diretos, em especial quando tenha havido alguns familiares da linha materna (avó, mãe, irmã ou filha) com cancro de mama.














CÓDIGO EUROPEU CONTRA O CANCRO
As chaves para prevenir o cancro

O código Europeu contra o cancro é um documento elaborado pela União Europeia com 10 recomendações que ajudam a prevenir o aparecimento do cancro, reduzir os níveis de mortalidade e, em geral, ter um estilo de vida mais sã.

1 – Abandonar o hábito de fumar o mais rapidamente possível, caso seja fumador e não fumar na presença de outros. Se não fuma, evitar experimentá-lo.2 – Moderar o consumo de álcool, seja cerveja, vinho ou licores.
3 – Aumentar a ingestão diária de frutas e legumes frescos, bem como consumir com moderação cereais com alto teor de fibras.4 – Evitar o excesso de peso, fazer mais exercício e limitar o consumo de alimentos ricos em gorduras
5 – Evitar expor-se muito ao sol, e as queimaduras causadas por este, especialmente na infância.6 – Evitar expor-se a substâncias cancerígenas. Para isso é conveniente respeitar estritamente as normas, assim como cumprir todas as instruções de saúde e segurança em relação às substâncias que podem provocar cancro.
7 – Consultar o médico no caso de notar algum vulto, uma ferida que não cicatrize (incluindo a boca), um sinal que mude de forma, tamanho ou cor, assim como qualquer perda anormal de sangue.8 – Em problemas persistentes, tais como tosse, rouquidão permanentes, alteração dos hábitos intestinais, alterações urinárias ou perda anormal de peso, também deve consultar um profissional de saúde.
9 – No caso concreto das mulheres, é muito importante que façam análises vaginais regulares, bem como participar em programas organizados para a deteção de cancro do colo do útero.10 – Para prevenir o cancro de mama, é aconselhável fazer uma revisão periódica aos seios, e no caso de já ter cumprido os 50 anos de idade, participar nos programas de deteção precoce do cancro de mama.

Evita a reutilização excessiva do óleo, e das gorduras sobreaquecidas dado que estas produzem elementos carcinogénicos.


Cuidar da alimentação é, sem dúvida, outro fator de prevenção importante. Um bom exemplo a imitar é o da dieta mediterrânea. Demonstrou-se que, para além de contribuir para a redução do risco de doenças como a diabetes, a obesidade ou das doenças cardiovasculares, também reúne muitas das recomendações para evitar o aparecimento do cancro. Estas concentram-se em consumir muitos cereais e seus derivados (massa e arroz), legumes, verduras e hortaliças, frutas e frutos secos, um consumo mais moderado de peixe, frango e derivados lácteos, assim como reduzir a ingestão de carnes com excesso de gordura (vaca e vitela). A base de gordura para cozinhar deverá ser o azeite. Igualmente nas verduras e nas hortaliças frescas encontramos compostos chamados antioxidantes, que são muito uteis na prevenção do cancro. Trata-se da vitamina A, C e E. Por exemplo, a vitamina C inibe a formação de nitrosaminas, que são umas substâncias potencialmente cancerígenas (no quadro superior mostramos algumas das recomendações dietéticas para prevenir o cancro). Também é importante assinalar que o cancro é uma doença relacionada com a idade e, evidentemente, o envelhecimento da população faz com que aumentem os números de casos. Deverá fazer exercício físico de uma forma moderada e regularmente, que para além de contribuir para evitar a obesidade, reduz o risco de sofrer de dois tipos de cancro bastante frequentes, como é o caso do cólon e da mama.


Sobre a mortalidade que se associa à doença, devemos de ser otimistas, já que atualmente, graças ao diagnóstico clinico precoce, aumentou muito a percentagem de cura. Tanto que os grandes avanços no tratamento do cancro permitem abordá-lo como uma doença crónica, na qual a cura não se mede em termos de desaparecimento total das células malignas como em ausência de sintomas. Não parece utopia, pensar que graças à farmogenética, num futuro não muito longe, podem fazer-se tratamento personalizados, à medida de cada doente e por isso, mais eficazes e menos tóxicos, que permitam reduzir a dor e evitar os efeitos secundários das terapias agressivas.


Finalmente, um tratamento mais eficaz deve ser individualizado e multidisciplinar, no qual os diferentes especialistas trabalhem juntos e donde se utilize, segundo cada individuo, uma combinação de terapias.







Sabes que…
Fatores que se relacionam com o cancro:Fatores que ajudam a evitar o cancro:
- No homem, a obesidade está relacionada com o cancro de cólon, reto e próstata. No caso da mulher, com o cancro do endométrio, mama, ovário e vesicula biliar.

– A ingestão pouco moderada de carnes vermelhas, como a de vaca, está relacionada com o cancro do cólon e do reto.


– O consumo excessivo de álcool está relacionado com os cancros de fígado, esófago, intestino delgado e grosso, faringe, laringe, cavidade oral, mama e pâncreas.


– Uma alimentação com alto teor em gorduras saturadas pode aumentar o risco de contrair cancro do cólon, mama, próstata, ovário, útero e pele.


– O abuso de alimentos enlatados, tais como fumados, marinados e salgados, estão relacionados com os cancros de nasofaringe, esófago e estômago.


– Comer pouca fruta ou verduras considera-se um risco bastante grande no que diz respeito ao cancro de pulmão, laringe, orofaringe, esófago, estômago, cólon, reto e pâncreas.

- As pessoas que praticam exercício físico de forma regular têm menos riscos de sofrer de cancro de cólon e de mama.

– Uma dieta rica em fibra parece que protege o organismo contra os cancros de cólon, estômago e mama.


– Também, o ácido gordo ómega-3, procedente do peixe azul, pode ajudar a prevenir os cancros de mama, ovário, útero e próstata.


– Os alimentos ricos em antioxidantes protegem do cancro de orofaringe, laringe, esófago, estômago, cólon, pulmão, bexiga, colo do útero, mama e pâncreas.

Novos tratamentos


Melhorar a qualidade de Vida


Uma atuação multidisciplinar com assistência psicológica.


O futuro do cancro avança no sentido de tratamentos menos radicais, que evitam os efeitos secundários das terapias mais agressivas, assim como um apoio entre os diferentes especialistas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O que também implica assistência psicológica às pessoas doentes e aos seus familiares.


Nos últimos anos, tem-se dado especial importância à figura do psicólogo oncológico ou psicooncologista como membro da equipa que o médico oncológico coordena para uma melhor atenção ao doente. A sua função é dar-lhe suporte no diagnóstico, durante e depois dos tratamentos. No entanto, são poucos os doentes que recebem ajuda psicológica (apenas 10%), espera-se que esta tendência comece a inverter-se.


Também, uma das melhores maneiras de apoiar as pessoas afectadas é dar-lhes o máximo de informação. Retirar-lhe muitos medos e permitir que entenda e participe em tomadas de decisões do tratamento: consultar mais do que um especialista, procurar fontes de informação (fóruns, internet, revistas…) Em conclusão, manter uma atitude ativa e positiva mediante a doença.