O alho, Allium sativum é um membro da família Liliáceas, uma planta perene que é cultivada pelo mundo inteiro. O bulbo do alho é composto por dentes individuais fechados numa pele branca. É este bolbo, fresco ou desidratado que é usado como uma especiaria ou planta medicinal.
 
Química e Constituintes
O alho, como muitas outras plantas medicinais no vasto grupo de remédios herbais suaves, contém uma série de princípios medicinais. Entre estes está um óleo volátil (a uma concentração de 0.1 a 0.3 %) que é composto de cerca de 14 componentes contendo enxofre, sendo a alicina o principal.

Mecanismo de Acção
Estes componentes voláteis são geralmente considerados responsáveis pela maioria das propriedades farmacológicas do alho. Outros constituintes incluem proteínas, traços minerais, vitaminas e enzimas. O odor pungente do alho é causado principalmente pela alicina que é formada quando a enzima alinase reage com o componente aliina. Este somente ocorre quando o bolbo de alho é cortado ou esmagado, que explica porque o alho cortado finamente adiciona aroma aos alimentos enquanto se cozinha.

A concentração dos princípios eficazes diminui durante o armazenamento. A acção anti-bacteriana é uma particularidade do alho.

Aplicação Clínica e Medicinal
O alho tem uma vasta série de efeitos que tem sido bem documentado. É usado clinicamente:

Como um agente anti-macrobiano
Para activar a actividade imunitária
Pelos seus efeitos cardio-vasculares
Para baixar os níveis de colesterol



No Leste, o alho é uma parte omnipresente da dieta. No Ocidente, é considerado um suplemento à saúde. Uma das opiniões básicas da naturopatia é de que o nosso alimento é a nossa medicina. O alho demonstra isso muito bem.

Na Europa e na América do Norte, o alho é mais popular pelos seus efeitos sobre o sistema cardiovascular. Discutiremos isso mais detalhadamente no próximo módulo.

Contudo, antes dos ataques do coração e colesterol serem descobertos, o alho era usado extensivamente por suas propriedades anti-infecciosas. O alho tem mostrado agora exercer um largo espectro de actividade anti-macrobiana, eficaz contra muitas bactérias, vírus e fungos. Suportando assim o uso histórico do alho no tratamento de uma variedade de estados infecciosos.

Um estudo recente demonstrou que um extracto de Allium sativum inibe o crescimento de 22 micro-organismos diferentes, em condições laboratoriais. A significativa actividade anti-fúngica do alho foi também demonstrada pelo seu uso clínico em infecções de Candida, onde mostrou ser mais eficaz do que muitos tratamentos convencionais.

Para além do uso das preparações de alho como remédio, o seu consumo como um alimento deveria ser encorajado. Isto particularmente naquelas pessoas com níveis elevados de colesterol, doenças do coração, hipertensão, queixas gastro-intestinais e infecções recidivantes do tracto respiratório, onde as suas propriedades imuno-estimuladoras  se têm demonstrado efectivas.